Está tudo excitado com a retirada da sexualidade do programa da disciplina de Cidadania. Uns porque concordam e não se cansam de mostrar o quanto se sentem libertados por esta decisão. Até arfam de contentamento. Outros porque discordam em absoluto e já imaginam os putos descontrolados na pinocada sem preservativo nem tino. Um reboliço.
Cá pra mim é conversa de surdos, como vem sendo costume. Não há debate, não há discussão. Há apenas gritaria e escavação de trincheiras, a guerra instala-se. De um lado e do outro atira-se tudo o que se tem à mão tentando causar qualquer tipo de dano que seja ao inimigo jurado. No fim do dia está tudo mais confuso, mais sujo, mais esburacado. Não há esperança.
Pessoalmente sinto uma profunda angústia. Tenho a minha opinião mas recuso-me a partilhá-la no meio de semelhante confusão. Qualquer coisa que possa dizer será imediatamente alvo de uma etiqueta e, ai de mim, metralhado por um lado ou pelo outro (ou até pelos dois) caso não esteja de acordo com as boas práticas e os pensamentos decentes. Portanto, calo-me.
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