sábado, julho 19, 2025

Ai, solidão!

     A solidão parece ser o pior dos vírus, eventualmente de todos o mais mortal. Depois de instalada não precisa de muito tempo para se impor e prosperar. Alojada nos nossos corações, nos nossos cérebros ou, nos casos mais complicados, alojada nas nossas almas, a solidão faz de conta que não está lá, finge não saber quem somos. E vai ficando, vai crescendo e engordando alimentando-se de qualquer coisa que nos faça falta.

    Há diferentes tipos de solidão, diversas estirpes; umas mais encarniçadas outras menos. Umas assustadoras e repelentes outras quase fofinhas. Seja qual for o aspecto ou o grau de infecciosidade, a solidão não se recomenda nem ao gato da vizinha.

            

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