É complicado aceitar que não haja ninguém capaz de governar um país sem meter as mãos na merda. A rectidão e a honestidade são, cada vez mais, assuntos de fábula, coisas próprias de um tempo em que os animais falavam.
Como pode um homem honesto resistir às forças e tentações que lhe caem no colo mal senta o rabo na cadeira do poder? Como pode ele ignorar o canto insidioso das criaturas que pairam, sobrevoando nos ares, em volta da cabeça dos poderosos? Será necessária uma força de carácter apenas ao alcance de alguns heróis mitológicos.
Precisamos de um Ulisses ou de um Hércules para nos governar. Como podemos confiar numa doninha como Passos Coelho ou uma galinha como Paulo Portas?
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