A preguiça devia fazer parte da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O Artigo 23 diz que temos direito ao trabalho e o 24 que todo o ser humano tem direito a repouso e lazer bem como temo o direito a férias (remuneradas!). Quanto à preguiça nem uma palavra.
A preguiça sempre teve má imagem entre aqueles que se julgam imunes aos seus encantos. A preguiça é vista como um mal social e os preguiçosos tendem a ser ostracizados por quem não o é ou não pode sê-lo. Mas tudo me parece um bocado exagerado.
Nos últimos tempos tenho sido frequentemente atingido por ondas de preguiça irresistíveis que me deixam pregado à cama com uma ventoinha a refrescar o espaço em volta. Durmo belas sestas e à noite volto a dormir como se não houvesse amanhã. Leio umas poucas páginas de um livro qualquer e estou pronto para viajar no esquecimento do sono. Um descanso...
Poderia fazer outras coisas, preencher as minhas tardes com actividades mais interessantes do que estar de papo para o ar e dormir? Acho que sim, eventualmente. Não tenho a certeza. A verdade é que me sinto bem a preguiçar como um valente. É aproveitar enquanto é tempo. Em breve terei de me render e desistir desta vida de sossego absoluto.
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