Ai, sou tão invejoso! O que eu não dava por umas festinhas bem esfregadas no lombo deste meu ego. Umas palavrinhas doces sussurradas ao seu ouvido meio obstruído pela cêra, o meu ego a ronronar como um gato persa de 234 quilo (lembro-me sempre de uma aula de física sobre as designações das unidades de medida). Quietinho, acomodado, o meu ego a destilar amor pelo mundo graças à bajulação exagerada.
Oh, como seria feliz se houvesse alguém capaz de vislumbrar em mim qualidades que não tenho mas que poderia ter. Bastaria que ficasse registado em lindas frases completas e devidamente estruturadas. Uma ou outra palavra destacada a "bold" as vírgulas todas bem arrumadinhas... não precisava de mais nada. Era só isso.
Ui, como ando tão longe da felicidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário