Adeus! Tchauzinho, adeus! Não voltou a cabeça, avançou num passo decidido sabendo que voltar atrás era coisa interdita. Adeus, adeus, até nunca mais! A despedida prolongava-se na hesitação da voz que ficava para trás. Resolveu avançar mais rapidamente e lá foi. O "adeuzinho" soou já pequenino, lá longe, uma pequena voz a diluir-se na distância que o separava daquilo que seria inevitavelmente o seu passado. Uma pequena dor alojou-se-lhe na profundeza do peito, na profundeza da alma, também ela a diluir-se, a tornar-se parte dele. Nada a fazer; o tempo não regressa, a vida não é vivida duas vezes. Todo o caminho tem um fim. À medida que avançava as sombras tinham mais densidade, a luz ia perdendo força, o ambiente ganhando uma certa magia. Adeus! pareceu-lhe ouvir, mas não podia ter a certeza. A escuridão aliava-se agora ao silêncio. Talvez fosse aquilo o futuro.
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