Não ser esquecido, não ser apagado. Permanecer. Todos nós sofremos um pouco a angústia de nos vermos ultrapassados pela memória, de sermos engolidos e trucidados pela imensidão angustiante de não sermos nada. Tememos o tempo, olhamo-lo como se fosse um demónio.
O que fazemos nós na tentativa de mantermos acesa uma chamazinha de nós próprios nas memórias alheias, na memória colectiva? Até que ponto estamos dispostos a importunar o mundo?
Cada um fará aquilo que for capaz. Outros poderão simplesmente deixar-se ir na correnteza dos dias, indiferentes à sua insignificância. Alguns trepam sociedade acima, tentam alcançar o cume, o vértice da pirâmide. Uma vez lá no alto exibem-se de forma a que todos os vejam cagando cá para baixo. Esses consideram a sua merda como coisa admirável.
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