O calendário tem uma série de datas festivas, a cada dia corresponde sempre qualquer coisa mais ou menos transcendente. Hoje comemora-se a invenção do chouriço, amanhã a descoberta das Ilhas Mijonas, a seguir o nascimento do borrego papalvo. A coisa não pára.
A Páscoa é uma daquelas festas que me levam sempre a viajar para Norte, em direcção ao lugar onde nasci. Uma vez lá chegado há uma série de tarefas a cumprir, rituais a observar. Ano após ano a coisa repete-se. Repete!?
As pessoas estão todas um ano mais velhas, a santa no altar também mas, no caso dela (por ser santa?) não se nota tanto como nos seres de carne e osso. Nos últimos anos o padre que faz a visita é sempre diferente. Pode ser novo ou velho, não há uma lógica aparente na dança do padre que vem benzer a casa.
As coisas mudam todos os anos com a finalidade de se manterem sempre iguais. E funciona quase na perfeição. Imagino que seja assim que se constrói a eternidade ou lá como se chama essa merda.
4 comentários:
Final esplendoroso... rsrsrs...
:-)
Eita leitura boa Rui.
muito boa leitura que vc faz dos fatos
e a leitura que fazemos da tua leitura.
Tomara que essa merda toda de eternidade seja por aqui. Essa coisa de além, céu, paraíso é tão enfadonho. Prefiro a vida eterna aqui mesmo. É que com essa merda já estou acostumada.
Um tempão que não venho por aqui, sou de fato uma tonta!
Grato pela visita. Fico contente que tenha gostado.
:-D
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