Com o fim do mundo humano a ganhar forma (sim à guerra, as alterações climáticas que se lixem) Deus vencerá a disputa eleitoral com a Democracia, derrotando-a por larga margem. Em momentos de desespero provocados pela iminência do fim até o mais empedernido dos ateus sente um frémitozinho que o leva a ponderar a possibilidade de haver algo mais do que a morte. Perante a morte a Ciência tende a perder razão; Deus não.
As narrativas do ano mil informam-nos de uma loucura suplementar que tomou as mentes dos seres humanos perante a aparente inevitabilidade do fim dos tempos. O desvario transforma-se em norma quando a racionalidade é engolida pelo medo. O medo é o grande lobista de Deus e parece trabalhar a troco de nada, como trabalham os demónios, apenas pelo prazer de mostrar a sua força, a sua razão, a sua omnipotência.
Virão em breve tempos de desespero absoluto com Deus montado na sua terrível sede de vingança, capaz de julgar-nos a todos culpados da sua inépcia criadora? O Apocalipse tem um cavaleiro, apenas um.
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