A mobilização de tropas na Rússia tem sido notícia por estas bandas. Que os russos estão a dar de frosques fazendo filas imensas nas fronteiras; que as autoridades estão a mobilizar soldados entre a população mais pobre e rural. Parece que ninguém quer combater numa guerra que aparentemente nada diz aos candidatos a soldados. Não sei se é assim, se tudo isto é apenas fruto do nosso desejo de que os russos não queiram sujar as mãos numa guerra que, queremos acreditar, não é deles.
Do outro lado combatem os corajosos ucranianos, defensores dos valores europeus, heróis valorosos que enfrentam o terrível invasor por amor à pátria. Convém recordar que logo nos primeiros dias de guerra o estado ucraniano impôs uma lei marcial impedindo todos os homens com mais de 18 anos e menos de 60 (o intervalo etário pode não ser este exactamente) de saírem do país. Foram obrigados a ficar e a pegarem em armas. Esta guerra não é deles também mas não têm escolha.
No fundo, esta guerra não é de ninguém a não ser de Putin e dos seus mais próximos. Pertence ainda aos que "entregam" armas aos exércitos e, talvez, aos estados-maiores dos países beligerantes. Pertence a Zelensky? Enfim, pertencerá a algumas pessoas mas duvido que aquelas que combatem no terreno e vão caindo aqui e ali a sintam como sua.
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