Anteontem senti um apelo mórbido vindo lá detrás do meu cérebro; resolvi googlar "pessoa idosa". Mais valia ter ficado quieto. Fiquei a pensar no caso e na coisa.
Ontem fui até à porta da embaixada israelita em Lisboa e participei na manifestação a favor do povo palestino. Senti-me bem.
Descontando a descida da Avenida da Liberdade por ocasião do 25 Abril,que me lembre, já não participava numa manifestação há um bom par de anos e aquela, ontem, foi saudavelmente selvagem. Pareceu-me haver muita gente jovem. Quando alguém, no palco, lembrou que "há 30 anos participámos em manifestações semelhantes a esta por Timor" pensei que uma grande parte dos manifestantes de ontem ainda não teriam nascido ou, se participaram nessas manifestações, fizeram-no ao colo ou às cavalitas dos pais, como aconteceu com a minha filha.
Hoje pela manhã dei por mim a reflectir sobre as questões que registei acima. E, pela primeira vez, pensei: eu não estou a lutar por um mundo melhor para viver, eu luto por um mundo melhor para morrer. E agora, que já são quase duas da tarde, penso: valha-me Nossa Senhora.
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