Por vezes um gajo tem a incómoda sensação de que as coisas estão a ficar bolorentas. Percebes o que quero dizer, leitor amigo? As coisas ganham, de súbito, mais uns gramas de peso, parecem ficar pastosas, a colarem-se aos ponteiros do relógio, as coisas ficam mais feias, menos belas, enrolam-se em papel manteiga engordurado... não sei explicar bem mas talvez estejas a compreender o que quero dizer.
Há dias em que as coisas ficam assim.
Para mim isto está a acontecer desde ontem. As pessoas notam o fenómeno estampado na minha cara; "isso não está bem" ou " estás com cara de caso", dizem-me. E eu acredito. Acredito que o meu corpo e a minha imagem deixam transparecer essa estranheza incomunicável por palavras.
Penso que é a isto que chamamos "angústia". Neste caso uma leve angústia mas, ainda assim, uma sensação capaz de transformar, de limitar, capaz de aprisionar o espírito numa espécie de teia tecida por uma inominável aranha.
Há dias em que as coisas ficam assim.
Para mim isto está a acontecer desde ontem. As pessoas notam o fenómeno estampado na minha cara; "isso não está bem" ou " estás com cara de caso", dizem-me. E eu acredito. Acredito que o meu corpo e a minha imagem deixam transparecer essa estranheza incomunicável por palavras.
Penso que é a isto que chamamos "angústia". Neste caso uma leve angústia mas, ainda assim, uma sensação capaz de transformar, de limitar, capaz de aprisionar o espírito numa espécie de teia tecida por uma inominável aranha.
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