domingo, maio 15, 2016

Ai, caramba!!!

Apercebo-me que sou incapaz de imaginar uma coisa que não esteja contida noutra coisa. A alma contida no corpo; a galáxia contida no universo; Deus contido no espírito humano; etc. e tal, por aí fora, por aí adiante... a noção de infinito, a possibilidade da ausência de limites é algo muito para lá da minha compreensão.

Isto traz-me uma angústia fundamental: o que é a Liberdade? Não é a Liberdade, por definição, uma ausência de limites?

 A Liberdade tem limites? Como pode a liberdade ter limites? Significa isto que a Liberdade está contida em alguma coisa? Não é isto uma tenebrosa contradição?

Ok, isto está ficar descontrolado, demasiado confuso. Um prisioneiro é livre de se movimentar no espaço da prisão que o confina? Uma pessoa que é livre de se deslocar num determinado espaço não encontrará um limite, uma fronteira que a impeça de ser totalmente livre?

Totalmente livre... ao dizer isto estarei a admitir a hipótese de que existe a possibilidade de sermos mais ou menos livres. Isto faz algum sentido? Como pode alguém ser mais livre ou menos livre? A Liberdade admite uma escala de valor?

Ai, estou a ficar nauseado!

Talvez a questão da Liberdade só possa ser colocada num plano ideal; talvez a questão da Liberdade não faça sentido no mundo real. Talvez a Liberdade seja possível apenas num mundo onírico. A Liberdade não cabe neste mundo em que nos cruzamos e somos aquilo que somos.

Como diz a canção dos GNR: "Horrorosa Natureza, pseudo-mãe, até há fronteiras na selva".

Por vezes penso que nunca saí da adolescência.

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