Passou um ano sobre o massacre da ilha de Utoya. Os noruegueses mostraram ao mundo uma comovente capacidade de resistência à desgraça.
Contrariamente ao pretendido por Breivik, o assassino, que afirma ter protegido o país da “invasão muçulmana” e de uma sociedade “multicultural”, "O povo
norueguês respondeu abraçando os nossos valores. O assassino falhou, o
povo venceu", nas palavras de Stoltenberg, primeiro ministro do país nórdico, em Oslo, durante a cerimónia de
homenagem às vítimas dos ataques.
Breivik aguarda o veredicto do tribunal. Ele afirma-se inocente e quer que o seu acto seja considerado como tendo motivações políticas. Por outro lado a acusação defende que Breivik é um refinado tolinho (como pode afirmar-se inocente se não for completamente tótó?) e que deverá ser julgado como tal.
Se for considerado culpado dos crimes a pena máxima é de 21 anos. Caso seja considerado tolinho vai o resto da vida para uma gaveta num hospício.
Oxalá seja fechado num hospício. Por mim fechava-o num quarto vazio com paredes espelhadas para que se visse a si próprio sempre que tivesse os olhos abertos. Talvez assim percebesse que não passa de um refinado tolinho, um demente inútil a quem a única obra que resta é olhar-se nos olhos até ao dia em que se apague e vá ocupar o lugar que lhe compete nas profundezas dos esgotos do inferno.
A prisão é um lugar demasiado confortável para semelhante animal.
Clicar aqui para ver post sobre o mesmo animal publicado a quente em cima das primeiras notícias sobre o massacre.
17 comentários:
Como já havia comentado no post anterior sobre o mesmo "tolinho", a vaidade desmedida causa dor e sofrimento a terceiros! Que fique trancafiado na tal sala de espelhos pelo resto de seus dias!
Eduardo, há pessoas que não são pessoas, são outra coisa que eu não sei o que são.
De fato aquilo não é uma pessoa,
e certamente não é um animal.
Uma sugestão é trancafia-lo nas cadeias brasileiras! Lugar perfeito e merecido a esse tolinho.
Há certas alturas em que apetece ir mais longe em termos de sanção penal. A justiça é uma coisa estranha, complexa e demorada. Em poucas horas ou segundos faz-se um mal irreparável que depois leva anos a julgar e incertezas jurídicas de moralidade duvidosa. Às vezes apetecia ser mais rápido e mais eficaz.
E que tal começarmos a olhar para ele como uma pessoa? Será que estamos todos assim tão longe dele? O facto de o querermos colocar fora da nossa órbita não será um mecanismo de defesa nosso? Os actos dele são absolutamente abjectos mas a natureza dele parece-me profundamente humana … infelizmente, neste caso. Reparei nos vossos comentários cheios de ódio de estimação a ele ( que eu posso muito bem subscrever ), e só me fazem lembrar o grande poeta da Pérsia, Omar Kayan, que dizia: " se me punes com o mal, o mal que eu te fiz, então que diferença há entre mim e ti? "
Eu sei que ele não foi punido com o mesmo mal, mas só estou a falar, obviamente, dos nossos desejos de vingança.
Li, Jorge, os comentários do Rui Sousa problematizam a questão. Continuo a pensar que este marmanjo está muito longe da esmagadora maioria de nós. Por mais humanos que sejam os seus actos decorrem de uma zona da nossa humanidade muito periférica, uma zona habitada apenas por uns quantos de nós que se afastam das regras mais básicas da convivência entre seres da nossa espécie. Quanto às palavras do poeta o próprio Rui responde; Breivik não será punido com o mesmo mal. Mantenho a ideia dos espelhos como castigo adequado.
Rui, a frustração é a mãe de todos os males, desperta em nós o pior que está cá dentro, e frustrações todos nós temos, embora nem todos e nem sempre tenhamos a capacidade de as controlar. Uma frustração à solta, descontrolada, é uma ventania a semear ódio, vingança e inveja no nosso próprio corpo. Estes sentimentos quando alimentados ( ou quando não são bem geridos ) são várias armas apontadas ao mundo. Muitas vezes esses sentimentos são "apadrinhados" pelo poder da mente e então aí está tudo perdido. Quando nos convencemos de uma coisa não há nada a fazer, achamos que temos toda a razão do mundo, que os outros são o inferno, e assim só nos resta combater por aquilo em que acreditamos. A história está cheia de gente que foi vitima e quando se viu no lado de cima tornou-se carrasco. Infelizmente nem todos conseguem ser MANDELAS. Infelizmente sinto que estamos todos muito mais próximos dos Breiviks deste mundo do que do Mandela do "outro mundo".
Discordo em absoluto do último comentário do Rui Sousa, embora aceite o que diz Omar.
Rui, sinto-me muito longe de Mandela mas muitíssimo mais distante de Breivik.
Jorge, subscrevo.
Olá vim conhecer teu blog e confesso que estou surpresa com as postagens.
Olha nem sei se esse cara pode ser considerado um ser humano, qualquer castigo seria pouco.
Estou seguindo teu blog, espero que vá conhecer o meu também.
Abraços.
http://senhoritamoca.blogspot.com.br/
Nathy, olá.
Rui, continua assim, estás no bom caminho :-)
Rui, bom caminho em direcção a quê?
:-D
" Olha bem e deliberadamente para todos os caminhos. tenta-o tantas vezes quantas forem necessárias. depois faz a ti mesmo e somente a ti uma pergunta. esta pergunta só um homem muito velho a faz. Quando eu era novo, o meu benfeitor falou-me dela uma vez, mas o meu sangue era demasiado vigoroso para eu a poder entender. Agora percebo. Vou dizer-te qual é: Será que este caminho tem coração? Todos os caminhos são o mesmo: nenhum leva a parte alguma. São caminhos através do mato, ou que vão dar ao mato. No decurso da minha vida posso dizer que atravessei longos, longos caminhos e não cheguei a lugar nenhum. A questão posta pelo meu benfeitor já faz sentido. Será que este caminho tem coração? Se tem, o caminho é bom; se não tem, não presta. nenhum dos caminhos leva a parte alguma; mas um tem coração, o outro não tem. Um proporciona uma viagem com alegria; na medida em que o seguires, serás uno com ele. O outro levar-te-á a amaldiçoar a vida. Um faz de ti um homem forte; o outro, um homem fraco."
Carlos Castañeda
" Os Ensinamentos de Don Juan "
Rui, compreendo onde queres chegar mas a verdade é que a carne é fraca (apesar do molho delicioso) e eu sou feito de chicha, nada mais. A poesia e os belos textos ficam, infelizmente e na maioria dos casos, fechados nas páginas de um livro guardado na prateleira. Bem que apelo ao meu íntimo em situações desesperadas mas a carne grita e a poesia murmura...
Não entendo o que tem o Castanheda a ver com isto. Podemos interpretar tudo filosoficamente e procurar a iniciação em qualquer coisa... Mas será que as armas dos templários imaginários justificam a cruzada contra suecos brancos e a morte indiscriminada de gente "normal"?! Acho extraordinário que se tente sequer justificar estas condutas. Isso é o que eles querem. Julgamentos e mediatização. Devia haver um blackout noticiososo para evitar copycats e um pena rápida e absolutamente eficaz.
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