Estava aqui a pensar que as coisas nunca acontecem como podiam acontecer, acontecem sempre um bocadinho acima, um nadinha ao lado, acontecem assim mais ou menos o que faz com que aconteçam sempre de outra forma. Nunca acontecem como podiam, acontecem sempre como deviam acontecer. A Ordem acima de tudo.
Há quem acredite no destino. Muita gente sente-se esmagada pelas previsões que as cartas revelam ou os acontecimentos que o alinhamento dos astros permite entrever, a vida a acontecer antes de ter acontecido. É como aquela adivinha estúpida da pescada que antes de ser já o era, qualquer coisa deste género que tenho fraca memória seja para o que for quanto mais para adivinhas estúpidas.
Tenho saudades de ser criança e nem sequer pensar em merdas como estas. O futuro era tão pertinho! As coisas aconteciam ali mesmo, naquele momento e quando brincava era eu quem determinava o rumo que levavam. Conseguia fazer com que tudo encaixasse na perfeição, uma perfeição que só eu era capaz de imaginar. E não havia cá tangas.
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