Passeando por este blogue leio uns quantos textos escritos por estes dias, os dias do fim. Do fim do ano. É curioso verificar a variedade de tons com que foram escritos se bem que, sendo os dias do fim (do fim do ano) o tema principal, talvez fosse previsível que dissesse sempre mais ou menos a mesma coisa. Não é isso que acontece.
Reflectir sobre o Ano Novo tanto pode acontecer nos últimos dias de Dezembro como nos primeiros dias de Janeiro. Por alguma razão não me lembro de o ter feito em qualquer outro mês dos doze que compõem um ano inteiro. É uma reflexão algo nostálgica, um pouco esperançosa. Tem a ver com aquilo que passou ou com a expectativa sobre aquilo que virá a passar; o passado e o futuro (poupo nas maiúsculas) enfiocados um no outro, como numa ilustração do Kama Sutra.
Nunca me correram muito bem as profecias (e se gosto de as fazer!) embora me aperceba frequentemente de coincidências bizarras que poderia interpretar de uma forma de certo modo apocalíptica. Talvez por isso seja mais pessoa de aguardar do que de correr em direcção a algum desejo incontrolável.
Assim sendo, aguardemos pelo que nos traz 2024. Com toda a serenidade possível.