Acreditar que o Mercado (o mercado financeiro) se auto-regula exige uma colossal dose de ingenuidade. Quem defende essa ideia ou tem interesses directos na exploração alheia e está à beira de ser um ladrão ou é um ladrão. Ou então é ingénuo, muito perto de idiota. O Mercado é uma besta voraz. É como a águia da fábula que acaba por comer as crias da coruja alegando não as ter reconhecido através da descrição que a mãe delas havia feito.
A companhia seguradora Fidelidade vendeu 2000 casas muitas delas com inquilinos lá dentro. Segundo a Lei deveria dar direito de preferência aos inquilinos. E a Fidelidade alega que cumpriu a Lei. O pormenor (e aqui se pode ver como funciona a auto-regulação do Mercado) é que a venda foi feita por atacado no valor de 425 milhões de euros. Ou seja, tens 425 milhões para comprares 2000 casas, entre as quais se encontra a tua? Não tens? Passa à frente pois há quem tenha.
A coisa fede. Agora entra-se no jogo da interpretação da Lei, pareceres de advogados, o rame-rame do costume mas já se percebeu como isto vai acabar.
O comprador foi o grupo Apollo, dono de outra seguradora, Tranquilidade de seu nome. A Fidelidade pertence aos chineses do grupo Fosun, a Tranquilidade pertence aos americanos do Apollo. Não é isto o Mercado em todo o seu esplendor? Os americanos comprometeram-se a dar preferência aos actuais inquilinos, como manda a Lei mas quem acredita que se meteram nisto para ganhar pouco dinheiro?
Fidelidade e Tranquilidade... poderia haver maior sonsice do que esta?
A companhia seguradora Fidelidade vendeu 2000 casas muitas delas com inquilinos lá dentro. Segundo a Lei deveria dar direito de preferência aos inquilinos. E a Fidelidade alega que cumpriu a Lei. O pormenor (e aqui se pode ver como funciona a auto-regulação do Mercado) é que a venda foi feita por atacado no valor de 425 milhões de euros. Ou seja, tens 425 milhões para comprares 2000 casas, entre as quais se encontra a tua? Não tens? Passa à frente pois há quem tenha.
A coisa fede. Agora entra-se no jogo da interpretação da Lei, pareceres de advogados, o rame-rame do costume mas já se percebeu como isto vai acabar.
O comprador foi o grupo Apollo, dono de outra seguradora, Tranquilidade de seu nome. A Fidelidade pertence aos chineses do grupo Fosun, a Tranquilidade pertence aos americanos do Apollo. Não é isto o Mercado em todo o seu esplendor? Os americanos comprometeram-se a dar preferência aos actuais inquilinos, como manda a Lei mas quem acredita que se meteram nisto para ganhar pouco dinheiro?
Fidelidade e Tranquilidade... poderia haver maior sonsice do que esta?
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