Muitos pretendem oferecer ao espectador comum a possibilidade de compreender o processo criativo de um artista. Tenta-se lá chegar de diferentes maneiras, seja o artista vivo ou morto. Com os vivos é sempre possível fazer uma entrevista, tentar pô-lo a explicar como lhe saem os objectos artísticos lá de dentro. Com os mortos, caso não haja registos escritos de declarações suas, a coisa fica mais complicada.
Não me parece que, perante um artista e a sua obra, seja objectivo fundamental tentar a compreensão do processo criativo que o anima. Na minha qualidade de espectador e fruidor do fenómeno artístico, parece-me mais interessante a relação que consigo estabelecer com o objecto e, por via dessa relação, talvez também com o artista.
Não se tenta compreender a magia. Ela acontece.
Não me parece que, perante um artista e a sua obra, seja objectivo fundamental tentar a compreensão do processo criativo que o anima. Na minha qualidade de espectador e fruidor do fenómeno artístico, parece-me mais interessante a relação que consigo estabelecer com o objecto e, por via dessa relação, talvez também com o artista.
Não se tenta compreender a magia. Ela acontece.