Não sei me comovem os esforços (tantas vezes patéticos) daqueles que pretendem desvendar grandiosas intenções pré-determinadas quando olham, observam e veneram a obra de algum artista, objecto da sua devoção.
Quem se dedica ao acto criativo sabe bem que a sua criatura é algo independente. Somos todos Frankenstein, o criador alucinado, o visionário deslumbrado que gerou um monstro; magnífica metáfora do mais negro e belo Romantismo!
Quem cria sabe bem que a criatura deseja sempre a liberdade (pelo menos até ser capaz de compreender o que significa Liberdade).
Quem cria deve ter grandeza de espírito suficiente para se aguentar à bronca com as consequências da sua criação.
1 comentário:
Caro Rui
Logo pela manhã, li a sua CARTA AO DIRECTOR, no Público.
Estou consigo.
Boa Páscoa e um abraço.
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