O dia acaba escuro e levado pelo vento que traz para dentro um lugar frio.
As luzinhas da rua fazem aquele papel triste que lhes foi atribuído pelo Grande Arquitecto, fraco em urbanismo, confuso no traçado das ruas e desleixado na forma como amontoou na cidade a realidade com o sonho.
O dia acaba escuro, borrifado de receios inocentes, certos recantos fracamente iluminados por (secretos) desejos que ardem nas pedras do passeio, fantasmas de cães sem dono.
O dia acaba na certeza de que amanhã estará de volta, acompanhado da luz que o sol nos quiser oferecer.
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