Faleceu Eusébio da Silva Ferreira. A comoção é grande, o país está de luto. Tenho sensações estranhas em relação a isto.
A onda de notícias, opiniões, testemunhos, epitáfios e mensagens de condolência é avassaladora, um maremoto de tristeza a varrer o mapa de Portugal. Pensei que me era indiferente mas já me comovi uma ou outra vez ao ouvir o rádio. Sobretudo ao ouvir palavras de pessoas anónimas em programas radiofónicos. Palavras simples de agradecimento e admiração por um homem cuja principal qualidade fora dos relvados de futebol era, ao que parece, uma extrema simplicidade.
O que me comove, penso eu, é constatar que, para o cidadão comum, a simplicidade é um valor superior. Num mundo doentiamente mediatizado e repleto de vedetas em pose surge este ícone modesto e de face humana. Um deus dentro do campo e um ser humano fora dele.
Quanto mais não seja é isto que a gradeço ao Eusébio. Todos o tratávamos por "o" Eusébio. Único e irrepetível Eusébio.
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