Rodou os olhos para fora da janela. Parecia estupidificada, sem compreender o que fazia ali, como se regressasse ao mundo dos vivos após uma breve estadia no Além. Exalava tristeza por todos os poros ao ponto de criar uma névoa breve que lhe envolvia a expressão facial.
Escrevi estas palavras no meu bloco de notas e, quando olhei de novo, a senhora já lá não estava. Desaparecera do mesmo modo que surgira, num silêncio sepulcral. Fiquei a duvidar dos meus sentidos.
4 comentários:
Hoje morreu-me uma senhora assim. Não foi hoje, foi há dias; mas só hoje me disseram, por isso morreu-me hoje. Nunca foi triste, tinha sempre um sorriso surpreendentemente resplendoroso. Talvez fosse essa, que ande perdida, se ela voltar e te deixar algum recado para mim, por favor...
Cuidado, pela descrição parece-me a ministra das finanças!
Acontece...
Rider, bem que podia ser essa tua falecida senhora.
Chapa, se era não parecia que a ministra anda toda contente a beijocar os "friends" nos "international meetings" a mostrar o nosso "economic miracle".
Eduardo, sim, todos nós temos os nossos momentos fantasmáticos.
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