A Humanidade receia a escuridão. As cidades são tentativas mais ou menos desesperadas para anular a escuridão, fazer prevalecer a luz sobre a treva.
Deus é luz, o amor ilumina a alma, o conhecimento é a luz do espírito, o burgo é a luz do burguês.
Os candeeiros na rua afugentam a escuridão, os burgueses são seres que amam a luz artificial como borboletas conscientes da existência dos lobos e dos monstros que as trevas moldam no silêncio, misturado com pequenos ruídos arrepiantes.
3 comentários:
Andei pensando nisso esses dias. Antes era tudo escuro. Fez-se a luz. Mas de 12 em 12 horas ela se apaga para lembrarmos de que sua falta é mortal.
Existe um ditado africano, que eu gosto particularmente, que diz qualquer coisa como isto: os ocidentais deixaram de ver as estrelas quando encheram as cidades de luz e essa luz em vez de nos iluminar e nos guiar cegou-nos, porque quando não se vêem as estrelas a nossa vaidade e a nossa soberba não têm limites. As estrelas dão-nos a real medida da nossa insignificância.
Eduardo, a luz artificial apenas assusta os monstros. Um dia eles ainda perdem o medo...
:-(
Rui, as nossas estrelas são as de Hollyood.
:-)
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