Uma tosta coberta com doce de abóbora e um pedaço de queijo fresco. Um café quente e umas páginas do livro que estou a ler. É assim que começa o meu dia ideal.
Como é evidente os dias nem sempre começam assim, tão bons. São demasiadas as vezes não começam assim. Muitas vezes começam de outra forma, confusos, difusos e obtusos, levados na voragem do relógio.
Quando tenho tempo aponto num caderninho as coisas que me passam pela cabeça nesses primeiros minutos do dia que partilho com o canto dos pássaros e os ruídos dos automóveis.
"Toda as coisas começam em qualquer momento. Um atraso começa sempre por ser uma coisa que não quer existir."
O dia de hoje começou assim. Sem tosta, sem doce, sem queijo fresco nem café. E sem leitura matinal, o que talvez seja o pior de tudo.
4 comentários:
Duas ou três observações. O texto é muito bom. Literariamente. Doce no café da manhã, eu não como. Prefiro uma fruta, e se for mamão, ainda melhor. Mas ler umas páginas de um livro no café da manhã é o que mais me surpreende. No máximo uma passada de olhos num jornal matutino. Leitura mesmo requer uma paz e calma que nunca tenho na urgência de um novo dia começando. Manias de cada um.
Ganhei o hábito quando li 2666 de Bolaño. Agora ficou. São uns minutinhos de descontracção antes de entrar no mundo.
:-)
Prepara de vésperas. Assim, quando chegares às matinas tens a mesa farta.
Luís, a fartura da mesa ainda é o menos...
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