Hoje fugi ligeiramente à rotina. A realidade estava a sufocar-me, a puta! Raramente me apercebo quando o quotidiano me põe a delirar. Hoje reparei. Estava fora de mim, o peito a rebentar e o ânimo em zona vermelha. Perigo!
Quando cheguei a casa propus uma pequena fuga à minha mais-que-tudo e fugimos os dois. Apenas ligeiramente. Um pouco de sol na cabeça, um pouco de vento soprado do mar, uma esplanada e uma cerveja fresquinha. O carro a rolar indolente, sem pressas, cruzamentos a fazer caminho no último instante, virar mais ou menos ao acaso.
Regressámos após algumas horas. Não fizemos nada de espectacular, apenas fugimos ligeiramente.
A realidade nem deve ter reparado e a nós soube tão bem fazer de conta por umas horas.
7 comentários:
Ah, essas fugas são maravilhosas para a mente, o corpo e a alma! Ando precisando de uma.
:-)
Fugir é essencial. Estou a pensar numa fuga permanente.
Jorge, poderá uma fuga permanente transformar-se em rotina?
O perigo da rotina é muito grande. A fuga dela é uma necessidade. Quando a fuga vira rotina ou estamos loucos ou aposentados....
Eduardo, bem visto!
:-D
" ... A realidade nem deve ter reparado e a nós soube tão bem fazer de conta por umas horas. " Belo texto e que linda frase final !
Enviar um comentário