segunda-feira, agosto 20, 2012

Ratatatatata... BUM!!!

Vejo imagens dos confrontos na Síria entre uma tropa maltrapilha, os revoltosos, e o exército ao serviço de Assad filho. As armas dos revoltosos chamam a minha atenção. Não percebo nada de armas mas aquelas parecem-me bastante modernas.

De onde vêm as armas? Quem as coloca nas mãos daqueles homens? Não estou a ver onde iriam eles arranjar dinheiro para pagar as armas e as munições. É como um ver um tipo qualquer a pedir esmola na rua exibindo um i-pad. Faz-me confusão.

Talvez tenham adquirido o armamento a crédito, em sistema de leasing, não sei. Haverá um hipermercado de armas para revolucionários com futuro? "Jovem revolucionário, visita as nossas instalações e vê as oportunidades que te oferecemos. Rebenta com os teus inimigos hoje e começa a pagar só no próximo Ramadão!"

Se todas as empresas deste mundo fossem tão generosas como as que produzem e comercializam armamento decerto a crise actual seria rapidamente ultrapassada.

7 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom texto, e argutas e irônicas observações.
Tenho um tema delicado a tratar, mas acho que por e-mail será mais proveitoso! Mando lá!

Jorge Pinheiro disse...

O desemprego tem fim à vista. Quem perde é a classe média que deixa de pagar impostos.

Anónimo disse...

medo, muito medo, odeio armas. Agora há pouco antes de vir pra cá, passeando por um link amigo, veja: uma arma vegetal http://www.echigo-tsumari.jp/eng/artwork/vegetable_weapon
hahaha só pra descontrair.
O link é de um projeto imenso que acontece numa cidade próxima a Tokyo, vale a pena dar uma olhada.
bjs
madoka

Olaio disse...

Oh Rui, então tu não sabes como é que eles conseguem as armas???

Imagina o que se pode fazer com todo o dinheiro que as "democracias petroliferas" da Arábia Saudita, Emiratos Arabes e do Qatar gentilmente oferecem aos “rebeldes”, nos supermercados de armas dos EUA, França e Inglaterra (ainda por cima com descontos que rivalizam com o Pingo-Doce no 1º de Maio), dinheiro que ainda dá para dar ocupação a “rebeldes” atualmente desempregados na líbia, ou para pagar as ajudas de custo da graciosa colaboração da Al Qaida.

Se a isto somarmos os terrenos generosamente oferecidos pela Turquia e pelo Iraque (o tal das armas-não-sei-quê?) e a orientação dos profissionais da guerra que se dão pelo nome de israelitas, não desprezando a colaboração dos experts dos EUA/França/Inglaterra…e quem diria, Alemanha. Não esqueçamos ainda todo o apoio dado pelos satélites e por todo o sofisticado material de espionagem existente na zona (nas diversas bases militares dos diversos países atrás mencionados), prestam na orientação das balas.

Com tudo isto, julgo que não é muito complicado perceber como aparecem as armas.

O que vale é que elas estão a servir para criar na Síria uma grande “democracia” à imagem das existentes na Arábia Saudita, Qatar, Emiratos Árabes, Afeganistão, Iraque, Líbia… então para as mulheres parece que é o regresso ao paraíso.

Enfim, tudo isto teria piada se não estivéssemos a falar de seres humanos que estão a morrer e de uma nação (mais uma) que está a ser destruída.

Tempos perigosos os nossos.

Abraço.

Jorge Pinheiro disse...

IVA em cima deles!

peri s.c. disse...

Há quem alegremente financie ....

Silvares disse...

Eduardo, há demasiada gente com armas por esse mundo fora.

Jorge, o imposto destes gajos somos nós que pagamos...

Madoka, a arte não dá tréguas à guerra ou, se dá, não será grande arte.
:-)

Olaio, é como dizes, na Síria as armas tanto servem para construir uma nova "democracia" como para manter "a" que já existe. E morrem mais uns quantos inocentes.

Abraços a todos.