Vejo imagens dos confrontos na Síria entre uma tropa maltrapilha, os revoltosos, e o exército ao serviço de Assad filho. As armas dos revoltosos chamam a minha atenção. Não percebo nada de armas mas aquelas parecem-me bastante modernas.
De onde vêm as armas? Quem as coloca nas mãos daqueles homens? Não estou a ver onde iriam eles arranjar dinheiro para pagar as armas e as munições. É como um ver um tipo qualquer a pedir esmola na rua exibindo um i-pad. Faz-me confusão.
Talvez tenham adquirido o armamento a crédito, em sistema de leasing, não sei. Haverá um hipermercado de armas para revolucionários com futuro? "Jovem revolucionário, visita as nossas instalações e vê as oportunidades que te oferecemos. Rebenta com os teus inimigos hoje e começa a pagar só no próximo Ramadão!"
Se todas as empresas deste mundo fossem tão generosas como as que produzem e comercializam armamento decerto a crise actual seria rapidamente ultrapassada.
7 comentários:
Muito bom texto, e argutas e irônicas observações.
Tenho um tema delicado a tratar, mas acho que por e-mail será mais proveitoso! Mando lá!
O desemprego tem fim à vista. Quem perde é a classe média que deixa de pagar impostos.
medo, muito medo, odeio armas. Agora há pouco antes de vir pra cá, passeando por um link amigo, veja: uma arma vegetal http://www.echigo-tsumari.jp/eng/artwork/vegetable_weapon
hahaha só pra descontrair.
O link é de um projeto imenso que acontece numa cidade próxima a Tokyo, vale a pena dar uma olhada.
bjs
madoka
Oh Rui, então tu não sabes como é que eles conseguem as armas???
Imagina o que se pode fazer com todo o dinheiro que as "democracias petroliferas" da Arábia Saudita, Emiratos Arabes e do Qatar gentilmente oferecem aos “rebeldes”, nos supermercados de armas dos EUA, França e Inglaterra (ainda por cima com descontos que rivalizam com o Pingo-Doce no 1º de Maio), dinheiro que ainda dá para dar ocupação a “rebeldes” atualmente desempregados na líbia, ou para pagar as ajudas de custo da graciosa colaboração da Al Qaida.
Se a isto somarmos os terrenos generosamente oferecidos pela Turquia e pelo Iraque (o tal das armas-não-sei-quê?) e a orientação dos profissionais da guerra que se dão pelo nome de israelitas, não desprezando a colaboração dos experts dos EUA/França/Inglaterra…e quem diria, Alemanha. Não esqueçamos ainda todo o apoio dado pelos satélites e por todo o sofisticado material de espionagem existente na zona (nas diversas bases militares dos diversos países atrás mencionados), prestam na orientação das balas.
Com tudo isto, julgo que não é muito complicado perceber como aparecem as armas.
O que vale é que elas estão a servir para criar na Síria uma grande “democracia” à imagem das existentes na Arábia Saudita, Qatar, Emiratos Árabes, Afeganistão, Iraque, Líbia… então para as mulheres parece que é o regresso ao paraíso.
Enfim, tudo isto teria piada se não estivéssemos a falar de seres humanos que estão a morrer e de uma nação (mais uma) que está a ser destruída.
Tempos perigosos os nossos.
Abraço.
IVA em cima deles!
Há quem alegremente financie ....
Eduardo, há demasiada gente com armas por esse mundo fora.
Jorge, o imposto destes gajos somos nós que pagamos...
Madoka, a arte não dá tréguas à guerra ou, se dá, não será grande arte.
:-)
Olaio, é como dizes, na Síria as armas tanto servem para construir uma nova "democracia" como para manter "a" que já existe. E morrem mais uns quantos inocentes.
Abraços a todos.
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