sábado, fevereiro 24, 2007

Ética para que te quero?

A Morte de Sócrates por J. L. David


O procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, disse hoje, em Coimbra, que “não há ainda em Portugal uma consciência ética forte que censure a corrupção”, comentando um estudo segundo o qual “os portugueses são permissivos face à corrupção”.
Talvez fosse boa ideia apostar numa disciplina de Ética nas nossas escolinhas. Agora que a Educação e Moral foi definitivamente posta no caixote do lixo da educação, onde é, nítidamente, o seu lugar, era de apostar na Ética. Mais disciplina menos disciplina nem havia de se notar...
Na Moral havia um madraço a vigiar as consciências daí que fosse mais fácil enxamear de vespas as cabeças da criançada. Deus, o pai, etc. e tal, não havia muito que enganar. Portas-te mal levas no focinho e ainda vais bater com os ossos no inferno. Linear.
Já na Ética será difícil encntrar macaquinhos para habitarem o sótão da consciência. Quem vigia quem? O próprio indivíduo? Está bem abelha, é um ver-se-te-avias de folguedo e depravação.
Temos de começar a pensar nesta merda com cabeça de gente. A Ética começa em casa, no seio da família, no grupo de amigos, na escola. Cada um de nós a ser modelo de si próprio para exemplo do outro.
Difícil, não? Mas apaixonante.

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