"Cada cabeça, sua sentença", "o mundo de cada um é os olhos que tem", "quem o feio ama, bonito lhe parece", "rebéubéu, pardais ao ninho". A ideia de que cabe a cada um de nós confrontar-se com o mundo utilizando as armas de que dispõe na luta diária pela sobrevivência parece-nos incontroversa.
O que será controverso é a ideia de que "cada um é como cada qual" e fica tudo dito, nada a fazer, "sou assim mesmo" e está resolvido. Errado. Acredito piamente que "só os burros não mudam de opinião". Seres assim não significa que vais morrer tal qual és agora.
O mundo muda, o teu corpo altera-se, os olhos perdem fulgor, o bonito pode transformar-se em algo feio ou vice-versa. Tu bem desejas que as coisas se passam como imaginas e continuem assim até à extinção do Sol; fechas a cabecinha. Lá dentro está tudo arrumadinho em prateleiras perfeitamente alinhadas e todos os dias limpas o pó de modo a que a luz não surpreenda um grãozinho que seja poisado onde não deve.
Vivemos num mundo atulhado de estímulos, saturado de estímulos, soterrado em estímulos mas não é isso que o torna estimulante. Tens alguma responsabilidade nisso, na descoberta dos estímulos capazes de transformar a tua experiência de vida em algo mais... estimulante? "É como procurar uma agulha num palheiro", dizes tu. Eu sei. Mas, toma atenção, a propaganda tenta substituir-te nessa tarefa. Não deixes que isso aconteça, não te satisfaças com coisas oferecidas. Luta por ti, abre o teu espaço, sente-te.
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