Talvez a arte seja mais devedora de uma possibilidade de verdade que de uma possibilidade de beleza. Verdade e beleza, uma e outra tão difíceis de conter como água do mar na palma da mão. Poderemos capturar uma quantidade ínfima por um curto espaço de tempo até que nos fuja, escapando de novo para o lugar de onde tentámos retirá-la.
Como tento reflectir sobre algo que só muito vagamente compreendo, tenho noção de que escrevo e afirmo coisas mais do que discutíveis. Sei bem de milhentos cérebros muitíssimo mais aptos à especulação sobre o fenómeno artístico que o meu. Na verdade eu penso mais com as mãos quando entro neste quarto escuro. Penso com as mãos.
Pensar com as mãos é uma forma de inconsciência. Pensar com as mãos é concentrar energia física na esperança de que venha a transmutar-se em comunicação, é fazer magia verdadeira e deixá-la estar, deixá-la ser, à tua espera, para que a vejas, a sintas, para que a transformes em algo que seja teu e pertença ao mundo. A qualquer mundo.
Como tento reflectir sobre algo que só muito vagamente compreendo, tenho noção de que escrevo e afirmo coisas mais do que discutíveis. Sei bem de milhentos cérebros muitíssimo mais aptos à especulação sobre o fenómeno artístico que o meu. Na verdade eu penso mais com as mãos quando entro neste quarto escuro. Penso com as mãos.
Pensar com as mãos é uma forma de inconsciência. Pensar com as mãos é concentrar energia física na esperança de que venha a transmutar-se em comunicação, é fazer magia verdadeira e deixá-la estar, deixá-la ser, à tua espera, para que a vejas, a sintas, para que a transformes em algo que seja teu e pertença ao mundo. A qualquer mundo.
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