Como chegámos nós a este ponto? Somos reféns do Capitalismo, hoje tal como sempre fomos. Vivemos uns quantos anos na ilusão de que tínhamos afugentado o bicho mas ele está de regresso e com tal pujança que vai destruindo o mundo todo de passagem.
Os episódios de especulação imobiliária que se vêm acumulando nos últimos tempos são uma foto-tipo-passe do rosto do capital selvagem. As pessoas são escorraçadas das suas habitações para que as casas se venham a transformar em locais de passagem.
É a lógica capitalista da livre circulação do dinheiro associada à lógica pós-moderna da movimentação das populações, em trânsito no gozo dos seus tempos de férias.
Nos tempos que correm há muito capital que circula nos bolsos dos turistas (veja-se o peso do turismo na economia portuguesa ou nos países que têm um défice de produção industrial, o turismo é mesmo considerado uma indústria!), logo interessa desenvolver os processos de trânsito das pessoas (as viagens aéreas banalizam-se ao ponto de surgirem as empresas low cost) ao mesmo tempo que se facilita o acesso destas ao capital onde quer que estejam por esse mundo fora (as máquinas de dinheiro nas paredes e em caixotes pululam por esse mundo fora e podemos aceder à nossa conta bancária em segundos estejamos na Ásia ou na América).
Nesta construção vertiginosa os indígenas transformam-se em peças de baixo valor. Ou são empecilhos, e por isso se dão os despejos, ou são mão-de-obra barata para manter esta lógica de resort em que se vem apostando como mais uma forma de fazer fluir o capital.
Este é um exemplo. Muitos outros poderemos convocar quando reflectimos sobre o desvario total que se apoderou da Humanidade e a conduz, inexoravelmente, na direcção do precipício. Um dia tudo isto vai rebentar.
Os episódios de especulação imobiliária que se vêm acumulando nos últimos tempos são uma foto-tipo-passe do rosto do capital selvagem. As pessoas são escorraçadas das suas habitações para que as casas se venham a transformar em locais de passagem.
É a lógica capitalista da livre circulação do dinheiro associada à lógica pós-moderna da movimentação das populações, em trânsito no gozo dos seus tempos de férias.
Nos tempos que correm há muito capital que circula nos bolsos dos turistas (veja-se o peso do turismo na economia portuguesa ou nos países que têm um défice de produção industrial, o turismo é mesmo considerado uma indústria!), logo interessa desenvolver os processos de trânsito das pessoas (as viagens aéreas banalizam-se ao ponto de surgirem as empresas low cost) ao mesmo tempo que se facilita o acesso destas ao capital onde quer que estejam por esse mundo fora (as máquinas de dinheiro nas paredes e em caixotes pululam por esse mundo fora e podemos aceder à nossa conta bancária em segundos estejamos na Ásia ou na América).
Nesta construção vertiginosa os indígenas transformam-se em peças de baixo valor. Ou são empecilhos, e por isso se dão os despejos, ou são mão-de-obra barata para manter esta lógica de resort em que se vem apostando como mais uma forma de fazer fluir o capital.
Este é um exemplo. Muitos outros poderemos convocar quando reflectimos sobre o desvario total que se apoderou da Humanidade e a conduz, inexoravelmente, na direcção do precipício. Um dia tudo isto vai rebentar.
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