A designada "questão grega" vai tornando cada vez mais nítidos os limites do "projecto europeu". Quem vive estes dias na Europa e tenta prestar atenção aos acontecimentos fica com os miolos virados do avesso.
Terão os gregos protagonizado o primeiro e decisivo passo no sentido de colocar todo um continente a mirar-se ao espelho, ao ponto de o fazer repensar a estranha construção sócio-política que vem tentando de há umas décadas a esta parte? Irá a "Europa" fazer-se de cega e ignorar o que se passa à sua volta, permitindo que o periclitante edifício que habita desabe como um castelito de cartas?
Por outro lado, continuam a chegar às costas mediterrânicas milhares de pessoas que fogem à guerra, à fome e à miséria, iludidas por histórias que não sabemos bem quais são mas que as atraem em direcção a esta coisa informe.
A Europa parece não ter respostas à altura das circunstâncias. Nem para uns nem para outros.
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