Há um mar inteiro dentro da minha cabeça. Um mar onde se afogam as ideias e os desejos tentam aprender a nadar. Cardumes de coisinhas sem nome movem-se daqui para ali fugindo dos raios de luz, essa luz que penetra a fundura. São raios atirados à água, raios como farpas que perdem fulgor à medida que desistem de iluminar este mundo submerso, mundo sombrio, palácio de um rei monstruoso, forma negra, estática, que por mim espera lá no fundo do abismo. Um dia irei conhecê-lo. Por agora sinto-o mas não o vejo. É o rei-coisa, imperador deste mundo inexistente.
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