É impressão minha ou a paranóia descabelada provocada pelo Ébola nos países ocidentais está a diminuir?
Em muitos países de África sim, a situação é terrível. Já morreram milhares de pessoas. Deste lado do Mar Mediterrânico a contagem de casos ainda não ultrapassou a casa das unidades mas, no entanto, não fomos poupados a alertas desesperados avisando-nos sobre a proximidade do Apocalipse.
De onde vem este desejo masoquista de que um dia (esse dia virá!?) uma epidemia devastadora caia sobre nós e deixe a nossa sociedade num estado tipo Walkingdead? Será isto resultado de um sentimento de remorso, um recalcamento católico que nos faz olhar ao espelho e ver uma sociedade merecedora de um novo Dilúvio ou coisa ainda pior?
Há certas personagens que nestas ocasiões vêm para os écrãs de TV fazer cara de cú, franzir a sobrancelha e explicar à populaça que eles bem tinham avisado; que a grande epidemia da nossa geração é esta (agora é que é!!!), que estamos lixados e o melhor é ir encomendando a alminha ao Criador.
Parece que esses caras-de-cú se enganaram (mais uma vez) e que, oh céus!, ainda não é desta que vamos andar a enterrar as nossas famílias em valas-comuns.
O risco de infecção existe, não haja dúvidas quanto a isso. Ninguém está livre do Ébola do mesmo modo que ninguém está livre do HIV ou do Influenza.
Resumindo: não fiques desatento, caro leitor, se pisares cócó na rua tem cuidado ao limpar a sola do sapato, o cócó pode estar cheio de vírus Ébola! O mesmo com chichi ou escarretas. Não mexas em escarretas de desconhecidos, nem em poças de vomitado por identificar. Tem cuidado leitor amigo. Já são poucos os que visitam Blogues, não queremos que o Ébola te leve.