Não sabemos o que quer o monstro e tememos o arrepio gelado do pé submerso na água que nos vai esticar o corpo e fazer vibrar a espinha, como se fosse uma corda de violoncelo a gritar uma nota aguda e desafinada. Ai Jesus!
Além de tudo o que ficou explicado, há também a corrente. Será muito forte? Conseguiremos nadar para lá do medo que sentimos? O monstro, o rio, o nosso corpo... a dor e o sofrimento que adivinhamos mas ainda não aconteceu e pode mesmo não vir a acontecer...
A felicidade e a alegria andam escondidas. Sabemos que andam por aí mas é o monstro angustiante, filho da dor e primo (em 2º grau) do sofrimento que pressentimos lá atrás e nos impele em direcção às águas do rio.
Algures, no meio de tudo isto, fica aquilo que chamamos realidade: a consciência que temos da tangibilidade do corpo que habitamos.
3 comentários:
Rui, a realidade é muito mais simples que todas essas abstrações...srsrs
Pois... É uma dor de cabeça.
Eduardo, a realidade é demasiado abstracta!
:-D
Jorge, 100 dores de cabeça.
:-)
Enviar um comentário