Tal como a esmagadora maioria dos mortais também eu fiquei de queixo caído com a notícia da renúncia de Bento XVI ao cargo que Deus lhe confiara. Deus, decerto, terá sido o 1º a saber (Terá Ele sabido ainda antes do próprio Ratzinger? Estou em crer que assim foi.)
Bento XVI coloca uma nova questão: entre a dimensão humana e a divina fica o quê? Sim, porque João Paulo II mostrou à humanidade que o corpo humano não tem capacidade para conter a divindade.
O Papa Wojtyla penou a bom penar nos últimos tempos em que desempenhou o papel de representante de Deus na Terra. Torto de doença, decrépito e extenuado, carregou a cruz da sua suposta divindade até ir desta para melhor.
Imediatamente elevado à categoria duvidosa de Santo após bater a caçoleta, João Paulo II foi a imagem inequívoca da fragilidade dos mitos. Ratzinger veio colocar um ponto final a este exagero de forma. Ao renunciar, o Papa confessa-se humano e poupa-nos à desumanidade da mitologia católica apostólica romana.
Finalmente, no momento da despedida, Bento XVI ganha alguma da pouca admiração que o meu preconceito lhe poderia jamais dispensar. "Adeus ó vai-t'embora" como diz o povoléu. Que a vida te seja, finalmente, leve, ó Papa.
6 comentários:
Amém...
Um Papa antes de tudo racional. Meno male !!!!
li que no inferno de Dante, um papa renunciou no século 13 e aparece no círculo na boca do inferno, o dos covardes. Será que o Benedito sabe disso? rs...
madoka
Ana, Eduardo, Madoka, Amén mesmo!!!
:-)
Mas vai continuar à espreita, ali dentro do Vaticano, com um olho em seus breviários e outro no trono de Pedro ( auqele onde Pedro nunca sentou ) . Esperto, muito esperto.
A história secreta da renúncia de Bento XVI:
http://www.esquerda.net/artigo/hist%C3%B3ria-secreta-da-ren%C3%BAncia-de-bento-xvi/26722
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