Aqui há dias fui, finalmente, ver "Cloud Atlas" a uma sala de cinema perto de casa. Fui com um pé atrás devido a críticas pouco elogiosas ou, no mínimo, críticas pouco entusiásticas. Não sei bem, parecia-me haver algum frio em volta do filme, uma ligeira sensação de desconforto.
Na sala, durante o visionamento, posso dizer que as baixas temperaturas que eu receava não se confirmaram, antes pelo contrário. É um filme visualmente muito interessante e com um ritmo narrativo estranho mas envolvente.
A caracterização das personagens tem apontamentos muito interessantes (no final é aconselhável ficar na sala para ver a apresentação de todas as personagens e respectivos intérpretes) e o constante cruzamento de tempos diferentes não chega a desconcertar. No final tudo se concretiza com razoável sentido.
Resumindo: um filme a ver com olhos limpos e sem preconceitos. Penso que a experiência valerá a pena.
A terminar, uma curiosidade: na China o filme está a ser exibido com cortes significativos (40 minutos menos). Ao que parece, certas cenas de cariz mais sexual (o filme é, nesse aspecto, bastante pueril!) foram retiradas por ordem dos censores do Império do Meio (ver aqui).
3 comentários:
O Império do Meio usa de todos os meios para não mostrar o meio pelo qual a raça humana se reproduz.srsrsr
grande Eduardo!
também vi e... nem sei bem que te diga, visualmente é interessante mas no fim, aquele arrière-goût que os (alguns)filmes, nem sei bem a que sabe... é aquela coisa de filosofia um bocado new age que está tudo ligado e o que fizeres hoje vai-se repercutir daqui a 10mil e 500 anos mais a coisa da encarnação e tal e... olha, na sei que te diga. mas são 2 horas agradáveis
Eduardo, ainda assim há chineses aos pontapés!
Zé, é isso mesmo: um filme pouco impressionante em termos de "mensagem" mas muito agradável na forma como ocupa o espaço da tela e o tempo narrativo.
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