Toneladas de papel, mega toneladas de informação, uma espécie de outro mundo, também ele virtual, onde nos movemos como zombies em busca de alimento fresco. Eu, particularmente, sou um verdadeiro zombie da informação jornalística. Talvez mesmo um vampiro. Mas começo a estar cansado. Não tenho capacidade de armazenamento para tanta coisa, tanta notícia, tanta opinião. Começo a fraquejar. O tempo que gasto (não sei se o perco se o ganho, há esta confusão com o Tempo...) a ler jornais fica em falta para ler outras coisas. É um tempo que convida a uma espécie de preguiça que não é bem preguiça, é mais uma letargia, uma suspensão, sei lá o que é. É um café pela manhã (já houve tempos em que era também um cigarro), é uma esplanada ensolarada nesta época do ano, um sofá debaixo do candeeiro de pé ou uma cadeira verde na varanda. o tempo do jornal é isto tudo e mais uma mão-cheia de outras coisas. E metemos informação para dentro. Tanta informação que, depois, sentimos necessidade de a expelir. Somos como romanos antigos numa orgia, comer, comer, beber e beber até ser preciso vomitar para voltar ao salão e, mais uma vez, comer, comer e beber, beber. Começo a olhar aqui para o 100 Cabeças e o que vejo? A informação com que atafulhei o espírito aqui esparramada. Como se isto fosse um vomitório.
Mmmmmh, que imagem tão nojenta.