A palavra ou vem controlada, com intenção, ou transporta consigo uma certa dose de confusão e arrisca-se a arrastar a cena penosamente. Os actores parecem improvisar o gesto com mais à vontade do que improvisam com palavras.
Tudo isto poderá confirmar a ideia de que precisamos de saber o que fazer no palco antes de nos atirarmos a fazê-lo. Mesmo os resultados positivos de uma improvisação são mais tarde recuperados em sessões de ensaio de modo a procurar um sentido mais estruturado para o seu significado. Não consigo imaginar os espectáculos idealizados por Merce Cunningham.
Lá no fundo, a ideia é não sermos demasiado obcecados com regras na abordagem ao objecto artístico. Nem tão radicais como Cunningham nem tão rígidos como um ídolo cicládico.
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