terça-feira, julho 07, 2020

A Fé e as máscaras

Estou confuso. Não sei se estou confinado ou antes pelo contrário. Saio de casa com a máscara sempre à mão, esguicho gel na entrada das lojas (já me caiu num pé, já por várias vezes falhei o alvo) e também à saída. Chego a casa e descalço-me, lavo as mãos e pronto. É tudo. Novas rotinas.

Fico sempre com a sensação de que estes hábitos que se vão entranhando têm uma eficácia limitada mas, seja como for, evito ignorá-los. É como aquele dito de quem não acredita em bruxas.

O distanciamento social vai funcionando. Agora há em todo o lado marcas no chão. "X" vermelho - não passar; seta verde - avançar por aqui; linhas amarelas - stop, é fronteira intransponível, muro imaginário, limite a respeitar. Tudo isto me parece um tanto apatetado mas respeito. Socialmente sou um tipo atreito a regras, mesmo aquelas que me deixam na dúvida.

Acredito piamente que tudo isto irá acabar um dia. Tenho fé.


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