Nos últimos dias tenho andado tão embrenhado no mundo real que este aqui, o virtual, quase deixou de existir. Já houve tempos em que as coisas se passaram exactamente ao contrário.
Escrever, desenhar, pintar, o mundo real está tão... real que estas actividades se têm revelado penosas, difíceis mesmo. O relógio, o calendário, os instrumentos que marcam o tempo andam a tapar as nuvens, ocupam a paisagem com uma força exagerada, agigantam-se.
A minha esperança é que, a qualquer momento, surja um coelho branco todo bem vestido a saltitar detrás de um automóvel e me diga qualquer coisa.
5 comentários:
Rui, me roubaram num assalto meu relógio. Desde então só uso o do "coelho"...srsrs
É o mundo alienado. As personagens que o habitam, sonolentas e insensíveis, correm num arrastar quase espasmódico, mas deslocando-se como lesmas em direção a qualquer coisa que é quase nada.
Está-se à beira da exaustão, num país exaurido meio afogado.
cuidado com o que pedes, isso de pedir coelhos é muito, mas muito perigoso. há 2 anos os portugueses pediram um e vê lá a merda em que estão metidos...
Eduardo, o Coelho sempre nos salva quando o buraco parece demasiado negro ou demasiado fundo.
Luís, existir à beira do mar tem estas coisas. Estamos encambados.
Zé, há coelhos para todas as situações.
Luis, queria dizer encalhados e não encambados (nem sei o que isso significa). Não atino com o teclado do iPAd!
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