terça-feira, dezembro 20, 2011

Drive


Primeiro dia de férias (primeira tarde, na verdade ) e uma ida ao cinema com a família para assistir a "Drive", um filme do qual não tinha a mínima pista. Gosto de ver filmes sem saber nada sobre eles. A surpresa agradável ou enfado absoluto estão no horizonte próximo do écrã, gosto disso.

Uma plateia com pouco mais que uns dez/quinze espectadores, quase todos adolescentes carregados de pipocas e baldes de cola, um ou outro boné daqueles tipo "gangsta", telemóveis incansáveis, uma vontade enorme de não-sei-quê. O costume. Falatório, risinhos, namoricos, a esmagadora maioria dos espectadores estavam ali para qualquer coisa que não era ver o filme, mas outra coisa, uma coisa que me escapa apesar de tão banal e repetida.

O filme começou com uma cena muito bem montada, grande suspense, a personagem principal, interpretada pelo novo actor do momento, Ryan Gosling, apresenta-se: denso, tenso, algo misterioso. O ritmo é variado. Ora rola sonolento, ora irrompe em acção frenética e, mais lá para a frente, explode em cenas de hiper-violência. Um objecto cinematográfico com estilo e algumas soluções visuais de grande intensidade e beleza. Outras simplesmente horrendas, a ponto de me fazerem virar a cabeça e trocar olhares (esgares) com as minhas companheiras de plateia.

Quando o filme acabou não restou grande coisa. A profundidade do argumento não é o forte de "Drive". É mais o exercício de estilo.


3 comentários:

the dear Zé disse...

é pá, eu cá gostei até bastante daquele gajo assim todo cool e que acaba por ser assim uma espécie de mártir (que arreia) em sacrifício quase beato como quem se penitência por uma fé que não mas que não pode ser de outra maneira...

the dear Zé disse...

... e toma lá esta do moço que também canta e tem uma banda:

http://www.youtube.com/watch?v=IRFeUc2KnBY&feature=related

boas festas cidadão

Silvares disse...

o gajo parece um zombie mas, lá no fundo, é um cidadão exemplar!
:-)