sábado, abril 16, 2011
Mezinha soporífica para um tempo de crise
Uma pessoa só sente a falta daquilo que já teve ou daquilo que é capaz de imaginar poder vir a conseguir um dia. O resto não é mais do que o inimaginável e o inimaginável não faz parte das nossas vidas, ainda que exista e possa um dia entrar-nos pelos olhos dentro. Entrar-nos pelo coração e ser distribuído pelo resto do corpo e alojar-se na nossa alma, como um velho inquilino que não sabíamos existir no edifício das nossas vidas. Um inquilino que sempre lá esteve mas nunca pagou a renda. E nós, modestos senhorios da vida que levamos, nunca apontámos aquela dívida, nunca soubemos que podíamos cobrá-la. Na verdade, com o inimaginável nunca perdemos nada, que uma pessoa só sente a falta daquiko que já teve ou é capaz de imaginar poder vir a conseguir um dia.
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3 comentários:
Tenho saudade do que virá, como todo bom otimista...
Abraços
Talvez por isso tenhamos a obrigação, para nós próprios, de alargar os nossos horizontes. O inimaginável torna-se mais chegado e o que perspetivamos amplia-se.
É uma ética individual que resiste a ser praticada, tão adormecida que está pela contabilização económica da vida. Se não vale euros, não se ganha nada com isso, mais vale uma nova imperial e espreitar o futebol, sempre se fica com a cabeça mais adormecida (eu gosto e imperial e de futebol, não comeceis a acusar-me de não gostar de coisas triviais e de ter pretensões ao Olimpo).
Beto, saudades do futuro... que outras saudades farão sentido?
Luis, imperial, tremoços e sonhos de grandeza! Viva Portugal!!!
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