quinta-feira, dezembro 28, 2006

Uma questão de prestígio

É o que dá ter uma filha adolescente que não gosta de ver filmes de animação dobrados em português além de já se arrepiar com a perspectiva de uma sala repleta de putos com menos de 10 anos, por horas de matiné. Assim sendo, depois de uma consulta rápida aos filmes em exibição no Fórum comercial de Almada, passámos o Happy Feet e Flushed Away/Por Água Abaixo e fomos fixar-nos n'O Terceiro Passo (The Prestige, no original http://theprestige.movies.go.com/) de: Christopher Nolan e com: Hugh Jackman (na foto), Christian Bale, Michael Caine além de (como é possível alguém no Cine Cartaz do Público on line ter ignorado esta senhora na ficha técnica?) Scarlett Johansson no papel de mulher (quase) fatal.
Ah, já me esquecia, o David Bowie também dá um ar da sua graça no papel de inventor misterioso.

Confesso que a minha expectativa não era nada por aí além e, no final, fiquei ligeiramente desapontado com alguns aspectos do filme.
Como é evidente não vou estar aqui a falar do enredo, digo apenas que é um daqueles enredos que não param de dar voltas sobre voltas e que são capazes de surpreender o mais atento dos espectadores no virar de cada página.
Fiquei com a sensação de que houve algum atabalhoamento na resolução de certas situações narrativas gerando, aqui e ali, alguns momentos de confusão que, apenas no final, se tornam mais ou menos claros. Esses tropeções narrativos em nada contribuem para a "espessura" dramática das personagens e retiram ao filme a possibilidade de poder ser considerado um bom filme. Na minha opinião acaba por ser apenas sofrível, apesar de momentos bem interessantes e alguma emoção.
Resumindo e concluindo: dá para ver mas, se não estiverem para "queimar" nele uma ida ao cinema, podem bem esperar que saia em DVD.
Para terminar quero ainda dizer que Hugh Jackman faz melhor o Wolverine nos filmes dos X-Men. Aqui parece um patinho fora de água.
Ah, vi também a apresentação de Apoclypto, o "tal" filme de Mel Gibson. Bastante impressionante.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá, como vão os natais e essas coisas fatais? Tradição é tradição? Hum, talvez, mas qual tradição? Só vejo pessoas apardaladas, correndo, apressadas, de loja em loja, com sacos, uns mais bem feitos que outros, que se despejam na noite de 24 em casa da família (acho eu), já noite cerrada, cheias de embrulhos e que voltam a despejar-se depois da meia-noite, outra vez cheias de sacos, com ar cansado e apressado, correndo para casa (acho eu).
É uma festa muito pobrezinha, o Natal (acho eu). Não consigo entendê-lo, ou consigo sei lá...
As pessoas vivem aqueles dias de modo perfeitamente coerente: consomem tempo e espaço, consumido-se a si próprias. A ressaca vem dia 25, quando se dorme até mais tarde, e já não se precisa de correr para as lojas, até se pode passear um pouco depois de almoço... no centro comercial é claro... que é o que se mantém aberto, como se nunca tivesse fechado.

Mas o que me trouxe aqui foi uma dúvida: na resenha de 27 de Dezembro, o primeiro senhor que figura na lista não é aquele do Iraque, a quem vão tirar o ar aí um dia destes?

Saudações natalícias

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