quarta-feira, setembro 06, 2006

Não é por nada!


Condenado por defeito, acrílico sobre papel, RSXX, 2001


Os aviões passaram por aqui com suspeitos suspeitos e intenções pouco católicas, muito menos democráticas. Será assim tão importante? A quem tira isto o sono?
Que a CIA é flor malcheirosa só mesmo quem tem a penca entupida ainda não compreendera.

Que Portugal faz-de-conta que é uma coisa que afinal não é bem assim só mesmo quem acredita na bondade dos carrascos poderia entender. Não tenho nada contra a profissão de carrasco (com o desemprego que por aí vai...) mas não sei se será aceitável fechar os olhos tantas vezes sem ser por causa da força da luz do sol ou em função do estoiro do trovão. Somos como avestruzes vaidosas e escondemos a cabeça do próprio corpo, por uma questão de indecência.

Não vemos, não ouvimos, não sabemos... logo não temos culpa, ninguém pode julgar-nos! Somos inocentes de todas as acusações, somos bons e tememos Deus com o estupor do estúpido. Além do mais curvamos a espinha aos desejos do representante de Deus na terra, só isso, nada de mais. Quem pode querer saber da sorte de uma mão cheia de suspeitos de terrorismo que, se calhar, até são culpados? Quem pode preocupar-se com os fundamentos do estado de direito que fingimos respeitar? Sim, quem, a não ser uma meia dúzia de energúmenos e vendidos ao terrorismo internacional?

Vou mas é ver a Floribela e, no intervalo, vou espreitando os Morangos com Açúcar. Quem pode interessar-se por outra coisa? Nã está ali a essência do ser português? Não está ali a miragem do que somos? Não? Ai não que não está. Foda-se!

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