Tanto tempo sem escrever uma linha que fosse aqui, no 100 Cabeças! É a modorra da zumbisfera a inquinar-me a escrita.
Por alguma razão que me escapa dou por mim a teclar de novo nesta coisa. Poderia falar sobre os livros que li, os filmes que vi, as músicas que me impressionaram entretanto. Poderia tentar escrever algo vagamente inteligente acerca das viagens que fiz, das coisas que me encheram o olhar. Mas não.
Escrevo apenas por escrever, escrevo apenas para não deixar morrer esta centésima cabeça que me enfeita os ombros. Só isso, apenas isso. Coisa pouca e nada mais.
Escrevo e parece-me ouvir o eco do ruído das teclas a serem pressionadas pelos meus dedos roídos nas pontas, como se estivesse enfiado num corredor escuro e comprido, um corredor sem tempo nem memória, vazio e pouco limpo.
Paro a função. Não procuro imagem nem faço questão de terminar com elegância.
4 comentários:
Escrever é preciso.
Te entendo perfeitamente. Mas vale a pena sempre regressar, nem que seja para fugir...
Os relatos dos outros são sempre fantasias para nós. Já a comunicação, ainda que pouco informe, essa é preciosa porque nos liga a alguma dose de realidade. Ao bom comunicador basta dizer que existe que todos os que o ouvem o acreditam. E talvez nem se precise de mais detalhes.
Jorge, tenho um caderninho...
Eduardo, ando muito fugido...
CybeRyder, alguém disse "o diabo são os detalhes"...
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