Em comentário ao post anterior o Eduardo P.L. disse...
Que esperança se pode ter quando nossa
juventude ( normalmente a esperança do futuro ) está apática, distante e
desencantada. O pior dos mundos.
Neste momento estou a pensar que mundo
temos nós para oferecer às gerações vindouras. As imagens que me passam pela
cabeça são estranhas, são imagens distópicas, dignas de um filme de ficção
científica série Z, coisa a rondar o imaginário de um filme de zombies mais ou
menos pacíficos. É tudo cinema de má qualidade.
A nossa juventude é resultado da nossa
idade adulta. Normalmente a juventude reage aos princípios dos mais velhos.
Mas, no cenário actual, temo que essa reacção seja mais violenta do que em
gerações anteriores. Parece-me evidente que estamos a exaurir o planeta,
esgotando recursos a uma velocidade supersónica sem acautelarmos alternativas
credíveis que permitam manter os níveis civilizacionais por muito mais
tempo.
Não sei o que sentem os mais jovens mas
talvez estejam a perceber que o "planeta petróleo" não será o deles,
que "os amanhãs que cantam" já foram ontem. Talvez estejam a sentir
que o Estado Social não aguenta a tormenta capitalista e que os ricos serão
cada vez menos e mais ricos e os mais pobres cada vez mais e mais pobres. A
classe média a resvalar para a base da pirâmide social que, um dia destes,
deixará de ter a forma de pirâmide para tomar a forma de uma coisa estranha com
uma base enorme e compacta e um topo fininho.
3 comentários:
Realmente, caro Rui, estamos vivendo uma quadra curiosa da história da humanidade. Ascensões e quedas de impérios, são corriqueiros na história, mas a globalização nos trouxe um novo fenômeno: a queda global.
A coisa anda mesmo confusa... mas nós cá vamos vivendo a nossa vidinha.
Eduardo, Jorge, como diz a canção: "cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas..."
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