"Há sempre uma réstia de verdade em todas as mentiras" pensou ele enquanto remexia as moedas no fundo do bolso das calças. "Quanto mais não seja, a verdade precisa da mentira para existir, nem que apenas por oposição." Largou as moedas e esfregou a cabeça com as duas mãos, como se remexesse shampô anti-caspa na cabeleira fina e oleosa. "Não parece justo continuar a mentir-lhe mas, se as minhas patranhas a deixam tão feliz, quem sou eu para estragar tudo dizendo a verdade?" Olhou a ponta dos sapatos... "Afinal somos apenas dois animais!"
4 comentários:
Gosto do seu texto e imagem ilustrativa.
mui tasqueiro andas tu...
Não sou fã desse género de películas, Rui.
Um abraço.
ESTAMOS A FALAR DO QUÊ?
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