A capa da discórdia, terão os polícias lido "pornografia"?
Nestas histórias de censura que temos vindo a observar, não sei se ria, se sorria ou faça cara de cú! O que é comum a estes actos censórios, venham eles de Bruxelas, de Braga, de Torres Vedras ou da Merdaleja, é a desfaçatez com que os agentes do poder exercem o poder que detêm.
Não é só ignorância, é também incúria. Não é só falta de conhecimento, é também falta de capacidade e de qualidade para exercer o poder. A mesma procuradora-adjunta que censurou o carro alegórico no Carnaval de Torres (ler aqui) deu o dito por não dito e voltou atrás. O que ontem era condenável, hoje já o não era. O que mudou para justificar semelhante recuo?Também em Braga a PSP actuou e depois tentou emendar a mão. Primeiro argumentou que confiscara os livros (ler aqui)por recear desacatos na via pública. Ou seja, em vez de meter na ordem os mongas que ameaçavam os vendedores de livros, a polícia resolveu levar os objectos provocatórios para a esquadra. Que merda de forma de manter a ordem e fazer prevalecer a lei! Mais tarde a chefia da PSP acabou por reconhecer que metera a pata na poça, devolvendo os livros e tentando explicar uma coisa que não precisa de ser explicada. A censura não se confunde com nada. A estupidez com quase nada.
É isso que me assusta, ser governado por um bando de estúpidos nem sempre inofensivos que atiram primeiro e perguntam depois, ao morto, quem é ele e como se chama.