




 Nos últimos 3 dias tenho lido e relido este poema. Eu que não sou nada virado para a leitura destas coisas, deixei-me apanhar. Retirei-o de um livro oferecido com o Público, aqui há uns dias, da colecção Os Poemas da Minha Vida. O volume oferecido compila os poemas da vida do meu Mestre de pintura, Jorge Pinheiro.
Nos últimos 3 dias tenho lido e relido este poema. Eu que não sou nada virado para a leitura destas coisas, deixei-me apanhar. Retirei-o de um livro oferecido com o Público, aqui há uns dias, da colecção Os Poemas da Minha Vida. O volume oferecido compila os poemas da vida do meu Mestre de pintura, Jorge Pinheiro.Pintura recente de Jorge Pinheiro



 Why so serious? Ou porque são os vilões tão mais interessantes do que os heróis? A resposta está neste filme. A personagem do Joker é realmente uma construção monumental do defunto Ledger, ofuscando o resto. Cada cena com o Joker é uma descoberta e os diálogos entre ele e o Batman expõem e desenvolvem algumas ideias terrívelmente românticas que, noutro contexto, poderiam soar a lamechice mas ali caem como bombas.
 Why so serious? Ou porque são os vilões tão mais interessantes do que os heróis? A resposta está neste filme. A personagem do Joker é realmente uma construção monumental do defunto Ledger, ofuscando o resto. Cada cena com o Joker é uma descoberta e os diálogos entre ele e o Batman expõem e desenvolvem algumas ideias terrívelmente românticas que, noutro contexto, poderiam soar a lamechice mas ali caem como bombas.
Esta noite vou ver o mais recente filme inspirado na personagem do Batman. Vi todos os anteriores, sempre fui um admirador do Cavaleiro das Trevas, decerto atraído pelo seu romantismo sombrio.
As expectativas são elevadas. As críticas entusiasmam e há a personagem do Joker que, segundo ouço dizer, é magistralmente interpretada pelo malogrado Heat Ledger ao ponto de se falar em Oscar póstumo pelo seu desempenho.
O restante elenco é de luxo, a produção dispendiosa e o argumento decerto não terá sido descurado. Todos os ingredientes necessários a um repasto de luxo. Espero não apanhar uma indigestão.
Mais logo, após ver o filme, postarei o 2º tempo deste post.


 Imagem de Alexandre
Imagem de Alexandre 

 Ontem foi noite de ida ao cinema em grupo familiar. Esposa, filha e sobrinha acompanharam-me (ou foram por mim acompanhadas) numa incursão cinéfila sem grandes expectativas. Quer-me cá parecer que a ida ao cinema foi mais porque estávamos juntos, um pretexto para mantermos a agradável proximidade, do que por estarmos impacientes para assistir a este "O Orfanato" realizado pelo catalão Juan Antonio Bayona.
 Ontem foi noite de ida ao cinema em grupo familiar. Esposa, filha e sobrinha acompanharam-me (ou foram por mim acompanhadas) numa incursão cinéfila sem grandes expectativas. Quer-me cá parecer que a ida ao cinema foi mais porque estávamos juntos, um pretexto para mantermos a agradável proximidade, do que por estarmos impacientes para assistir a este "O Orfanato" realizado pelo catalão Juan Antonio Bayona. Na noite de 9 do corrente assisti a este Stabat Mater e, caramba, que espectáculo! Maria João Luís rebenta com as costuras da representação teatral num monólogo perfeito com o dedinho maroto de Jorge Silva Melo na encenação. O espectáculo, integrado no 25º Festival de Teatro de Almada, teve lugar no São Luís, em Lisboa. Um espaço agradável, uma representação de outro planeta e uma ovação estrondosa a fechar uma noite de teatro memorável.
Na noite de 9 do corrente assisti a este Stabat Mater e, caramba, que espectáculo! Maria João Luís rebenta com as costuras da representação teatral num monólogo perfeito com o dedinho maroto de Jorge Silva Melo na encenação. O espectáculo, integrado no 25º Festival de Teatro de Almada, teve lugar no São Luís, em Lisboa. Um espaço agradável, uma representação de outro planeta e uma ovação estrondosa a fechar uma noite de teatro memorável.
Caramba!!! Tanta qualidade em tão pouco tempo ainda acaba a provocar-me alguma overdose de prazer inteligente (!? que raio quer isto dizer!?) mas se tiver que ser, seja! Overdoses assim não devem fazer grande mal à barriga.


 É um fenómeno. Na minha adolescência era simplesmente impensável ouvir a música de que o meu pai gostava. E vice-versa. Nos gostos musicais residia, aliás, um dos principais motivos de discórdia. É que atrás dos gostos musicais vinham as roupas, os "penteados", a pose e as atitudes. Tudo colidia, tudo fazia as mais incandescentes das faíscas.
É um fenómeno. Na minha adolescência era simplesmente impensável ouvir a música de que o meu pai gostava. E vice-versa. Nos gostos musicais residia, aliás, um dos principais motivos de discórdia. É que atrás dos gostos musicais vinham as roupas, os "penteados", a pose e as atitudes. Tudo colidia, tudo fazia as mais incandescentes das faíscas.De imediato se levantam vozes indignadas que gritam impropérios contra vozes vibrantes de júbilo e saudade. Umas vozes soam da esquerda, outras respondem, vindas da direita, e nisto se anda, a discutir uma coisa de somenos, no meu entender.
Querem erguer uma pirâmide para encerrarem a memória da múmia salazarenta? Que ergam. Querem fazer romagens de saudade com os bracitos esticados em saudações nazi-fascistas? Que façam. Para o Santacombadenses será pretexto para abrirem mais uma tasca ou outra, podendo dedicar-se com maior afinco ao seu desporto favorito, a copofonia à desgarrada. Seja tinto ou seja branco uma só palavra de ordem: CHEIO!
Os bêbados lá do sítio terão mais uma razão para se embebedarem, para horror da beatas e dos chefes de família benfiquistas. Todos os salazaristas unidos na vontade de louvar saudosamente a memória do seu santinho mumificado, o Tóino das Botas. Se é isto que o povo lá do sítio deseja, se é com isto que alguns vendedores de sonhos fatelas acenam ao pessoal para desenvolver o turismo local, qual é o problema?
É claro que eu vivo bem longe de Santa Comba e só vou à minha terra natal, Viseu, uma meia-dúzia de vezes por ano. Não terei de aturar a boçalidade perigosa de tudo quanto é skinhead, ávido de encontrar outra razão para existir que não seja a sua estupidez natural, em romaria a esse santuário da mesquinhez pequenina que será, inevitavelmente, um museu dedicado ao Botas. Para os Santacombadenses que sintam náuseas perante o espectáculo degradante dos neonazis em pleno esplendor será complicado. Mas aqui, como noutras situações, deverá prevalecer a decisão da maioria.
Penso que um museu dedicado ao Ministro-Sopeira não dará muito mais que uma tasca infecta com "nacionalistas" gordos e tatuados a mijarem contra as paredes enqunto entoam hinos à estupidez humana. Se é isso que Santa Comba deseja que o tenha. E lhe faça bom proveito. Afinal de contas é sempre doloroso mas necessário decidir onde localizar os aterros sanitários destinados a despejar o lixo. Neste caso o lixo da memória recente de Portugal.
 O mundo está mesmo a andar às voltas e, de quando em vez, damos por ele de cabeça para baixo. A recente notícia de que há abutres a atacar animais vivos na Beira Baixa mostra como anda tudo às avessas.
O mundo está mesmo a andar às voltas e, de quando em vez, damos por ele de cabeça para baixo. A recente notícia de que há abutres a atacar animais vivos na Beira Baixa mostra como anda tudo às avessas.


